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Danilo concorda que progressistas de Macaé tem de se unir, mas sem Marilena e Guto. “Nada que esteja ligado a Aluízio”.

Entrevista com o pré-candidato a prefeito pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) macaense, Danilo Funke 

As declarações do vereador Marcel Silvano (PT) sobre a necessidade de união da esquerda macaense, e a polêmica posse do novo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no município, sacudiram um pouco as lideranças do setor progressista da cidade. A Prensa, entrevistou uma delas, Danilo Funke

Danilo, começou sua formação política no movimento estudantil, no fim da década de 90, como diretor do Centro Acadêmico do Direito da UFRJ(CACO) e coordenador dos ônibus universitários que levavam os estudantes para as universidades do Rio de Janeiro. Funcionário do Banco do Brasil e bacharel em Direito(UFF); Danilo foi vereador e vice-prefeito, em ambos os casos pelo PT e suplente de deputado federal por duas vezes, a primeira vez pela REDE Sustentabilidade e outra pelo PSOL, partido em que continua filiado e  pré-candidato a prefeito em Macaé. 

“Tive mandatos de posição política firme, que nunca se chegou para o sistema, fiel aos princípios de esquerda que acredito, tanto que fui o único vereador de oposição e rompi no começo de um governo sendo vice por ver que a mudança prometida era mentira, sofrendo até hoje as consequências políticas do meu posicionamento, mas sem abrir mão da coerência.”, afirma. 

Prensa de Babel: Como avalia a declaração do vereador Marcel Silvano sobre a união das lideranças de esquerda em Macaé? 

Danilo Funke: União da esquerda não pode ser só discurso de microfone. Temos que abrir mão das vaidades, respeitar a liderança de todos e construir de fato, com gestos.Por isso fiz o  gesto de ir até o PT, para prestigiar e acenar. 

Prensa: Pode explicar melhor o que quer dizer? 

Danilo: Tem nove meses que venho travando contato com todas as lideranças do campo progressista no município. Alguns de mandato, por se acharem num patamar superior talvez, disseram que não queriam conversar naquele momento. E agora falam em acelerar o processo. Democracia se prima pelo diálogo e construção coletiva. Nem sendo o mais votado de esquerda da história do município, coloquei essas questões à frente da construção popular e progressista. 

Prensa: Se refere diretamente ao Marcel Silvano? 

Danilo: Sim. Usar termos como “provocamos” as lideranças de esquerda via reportagem, ao invés de marcar reunião para de fato trabalhar alianças, faz com que tudo não me pareça estratégia para autopromoção e oportunismo. E eu não entendo como algumas lideranças incluem Marilena Garcia num pacote em que o filho dela (Guto Garcia) é o candidato do prefeito do Aluizio à Prefeitura de Macaé no próximo ano pelo PSDB. 

Prensa: Guto Garcia vir candidato pelo PSDB, isso, na sua opinião, tira a legitimidade de conversar com sua mãe? Acha que não dá para separá-los como agentes políticos por serem mãe e filho?

Danilo: Obviamente que não. O cara é secretário do MDB que vai agora para o PSDB com apoio de Aluízio,  com quem teoricamente os vereadores de oposição não compõem. O atual governo é o que há de atraso, representa a velha política. E lança Guto, que quando saiu da secretaria, foi ela (Marilena Garcia) quem assumiu no lugar. A mãe pode ser uma interlocutora do outro lado? Não consigo nem entender. Na verdade, acho absurdamente estranho.

Prensa: Será que não foi citada pelo histórico de lutas no setor progressista? 

Danilo: Mesmo respeitando a trajetória anterior que já fora de esquerda, o que nos últimos anos ela e Guto representam como progressistas? Se esse é o movimento de esquerda a ser montado, estou fora então. 

Prensa: Você participou da posse de Magnun  como presidente do PT de Macaé. A posse dele está sendo publicamente questionada por outros grupos que compõem o partido na cidade, que consideram Graça a presidente legítima. Por que você participou mesmo em meio a essa polêmica? 

Danilo: Na minha fala lá na posse disse que mais importante que discursos em microfone que não correspondem com a verdade, é preciso de gestos e vontade concreta de construir. Nosso adversário é a extrema direita, o crescimento do conservadorismo alienado e dos valores fascistas.

Prensa: Mas acredita que a posse de Magnum é legítima? 

Danilo: Documentalmente pelo que me falaram, acho que sim. Igor (Sardinha)  falou que teve com Marcel, que conversaram e o nome dele foi apresentado como líder de bancada na executiva consentidamente, além de PH (o sociólogo Paulo Henrique Dantas, professor da rede municipal e pré-candidato a vereador) que era da chapa também. Mas aí não é comigo, sei do meu partido. 

Prensa: Citou o Igor Sardinha, que também foi vereador, e que também é citado por Marcel como uma das lideranças. Você considera a importância do nome dele para a discussão no setor progressista? 

Danilo: Sim. Igor tem buscado uma relação de mais diálogo, apesar das minhas restrições históricas e algumas posturas de Igor, que não sei como está no PT. Mas não sou eu que vou julgar o porquê dos outros partidos. Quero tentar cuidar do meu e acompanho o cenário atual que tem um adversário externo claro pra mim que não está no PT. Assim, converso com todos os setores, e até além do campo progressista para vencermos a médio prazo o retrocesso instalado na política nacional que pode ampliar a força nos municípios.

Prensa: E esse diálogo não se deu com Marcel? 

Danilo: E Marcel também, repito: estive com ele por três vezes e tentei diálogo: “não quero conversar com você porque a conversa tem que ser institucional”. Me encontrei com ele num ato contra a reforma em frente ao Bradesco, depois no Bar do Jorginho, onde, inclusive o chamei para o Psol e ele foi muito deselegante para um republicano. E depois estive com ele de passagem  rápida em outro espaço, desta vez bem rápido, não me lembro bem onde. Todas as vezes ele não foi receptivo. Então fiz o que tinha que fazer. Falar com a direção do PT, como ele me sugeriu. 

Prensa: O que acha que aconteceu? 

Danilo: Não houve vontade de construir.  Não sei porque talvez não tivesse um papel protagonista, o que para mim é uma bobagem. Porque o adversário comum para mim está fora da esquerda e mais: precisamos juntar os progressistas. 

Prensa: Então ficou surpreso quando foi citado? 

Danilo: Me surpreendi quando  (Marcel), após encontrar o Freixo, fez discurso na Câmara sem nunca ter tentado contato, além de incluir Marilena. Fato que, no meu ponto de vista, confunde o eleitorado que vê Aluizio lançando Guto. Não gostei do meu nome associado dessa forma e do método de construção à distância proposto. Porque quem quer construir coletivamente recebe as pessoas que querem conversar. Não institucionaliza, ou então procura, não cria barreiras. 

Prensa: Mas reconhece Marcel como um liderança e também sua importância para o que cita a ser combatido, ou não? 

Danilo: Se ele não tiver acordo com Guto e Marilena sim. Ele é o representante histórico da esquerda com mandato hoje.  Temos que ampliar, superar os métodos e vaidades como discursei lá posse do Magnun, e construir um caminho de união nesse campo mais avançado.

Prensa: Como avalia a posição do Psol para 2020. O Partido já está maduro para uma disputa mais agressiva?

Danilo: Nós estamos com alguns grupos de trabalho sobre vários temas que tem a ver com a cidade e com administração pública sendo conduzido por grupos de filiados. Vamos construir encontros municipais para fechar as propostas e ampliar para um debate com a sociedade. Não acredito que problemas tão complexos como os que vemos nos bairros e na gestão pública possam ser resolvidos por super heróis individualmente. A construção tem que ser coletiva.

Prensa: Mas acha que desses grupos de trabalho sairão propostas concretas a tempo de estarem em um plano de governo? 

Danilo: Em março acreditamos que já estaremos nesse processo público mais avançado. Assuntos como transporte público, como o fim do monopólio,  desenvolvimento e crescimento econômico de forma sustentável e com responsabilidade ambiental, geração de emprego, direito dos trabalhadores, serviços públicos essenciais. São assuntos que serão ampliados com a sociedade mas sempre apresentando a visão baseada na nossa coerência, programa do partido e como queremos romper com o atual sistema dominante, que se perpetua no poder desde a família Lopes/Mussi e se repete com Aluízio, que foi cria do quintal de Silvio Lopes e agora volta pro ninho tucano. 

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Prensa: Não vê diferença entre Aluízio e os que o antecederam? 

Danilo:  A política e os contratos, famílias beneficiadas e esquemas, são os mesmos. Temos que romper com uma classe política que suga as riquezas da cidade. Arrecadamos muito e pouco foi feito em prol da população.

Prensa: E sobre essa conclamada união progressista em Macaé, com que “capital” o Psol entraria para compor? 

Danilo: Não tem como se desvincular do cenário nacional, por isso a necessidade de deixar diferenças de lado e nos unir. Hoje a direita moderada acena com Bolsonaro porque é poder, finge não ser tão radical, mas gosta de surfar na onda pra ter ganho. Mas quer fingir que não é do mesmo tipo. Só ver Aluízio que declarava apoio a Bolsonaro na campanha(e já tinha apoiado Dilma) agora percebendo que pode trazer frutos mas começa a desabar aquele projeto, finge ser de centro para ter benefício, mas não se queimar com os erros do governo federal. Mas romper, jamais faria. Saí do MDB de Picciani, Cabral e Pezão, que até hoje tem os pés em Macaé, dos mesmos esquemas que sempre mantiveram, usando mídia digital e rádio para despistar a população, mas quem tem posição política e não tem rabo preso, não esquece e vai apontar todas as incoerências, erros, fatos de corrupção e da administração ruim para se diferenciar. 

Prensa: Acredita que o PSOL pode ser ser essa via? A população vai entender isso? Danilo: O PSOL pode fazer isso, tranquilamente. E acredito que a população possa nos ver como uma alternativa e mudança real nesse cenário embaçado da política em que todos querem ficar bem sem ter atritos. Vemos alguns nomes fortes apontados como favoritos, se dizem diferentes, mas querem no fim, um acordo com o governo para ter ganhos nas eleições. Sonho em ver Macaé livre das famílias e políticos que só se beneficiaram e romper com empresários ligados a máfia política do Rio (MDB) que saquearam os cofres públicos com aval dos últimos prefeitos e da classe política.

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Danilo Funke, pré-candidato a prefeitura de Macaé pelo Psol


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