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Búzios orienta pacientes com Covid-19 a espalharem o vírus pela cidade

Após quatro dias em casa com febre, diarreia, dor no pescoço, dor de cabeça, calafrios, com perda de olfato e paladar, um buziano, morador de José Gonçalves, que prefere manter sua identidade em sigilo, procurou o posto de saúde de seu bairro. Sem entrar no posto, uma vez que não tinha consulta marcada, o morador perguntou aos agentes de saúde que estavam na porta, se o médico de plantão poderia lhe atender. Questionado sobre o motivo da consulta e o que sentia? O paciente informou e continuou aguardando do lado de fora, enquanto os agentes falavam com o médico. Retornaram com um papel, que lhe entregaram dizendo ser um encaminhamento ao Posto de Saúde da Ferradura, referência para a Covid-19, alegando que o caso era suspeito de contaminação por esta doença.

– Não me perguntaram como eu iria para a Ferradura. Não perguntaram se eu estava de carro, ou se utilizaria o transporte público. Então, eu fui embora, não estava me sentindo muito bem, mas fui até o ponto e peguei uma van – conta o paciente.

Posto de Saúde da Ferradura


Chegando ao Posto de Saúde da Ferradura, o paciente seguiu para a consulta. Diagnosticado como caso suspeito de Covid-19, ele foi informado que receberia todos os remédios, mas que para tomar um deles, a cloroquina, deveria fazer um eletrocardiograma antes.

– Disseram que eu deveria fazer este exame porque só pode tomar a cloroquina quem não tem problema cardíaco. E o médico ainda disse assim: “se você fizer o eletro e der tudo ok, você pode tomar a cloroquina. Agora, se você vier a morrer de enfarte depois, vamos deixar claro que não foi a cloroquina, foi porque você tinha que morrer de enfarte mesmo”. Fiquei assustado com o jeito do médico dizer isso e optei por não tomar a cloroquina – explica.

Após a consulta no posto da Ferradura, o paciente assinou um documento de quarentena onde se compromete a ficar em casa nos próximos 14 dias, e fez o teste RT-PCR com coleta de amostra na mucosa da cavidade nasal, e o teste de sangue. Concluído o atendimento, ele foi orientado a procurar uma clínica localizada em Manguinhos, onde deveria tirar um Raio-X do pulmão, e depois retornar com a chapa para a análise do médico.

– Não entendi nada. Me fizeram assinar um documento de quarentena, para eu ficar em casa em isolamento, e me mandam rodar a cidade toda de van. Novamente ninguém me perguntou como eu iria até Manguinhos e retornaria à Ferradura. Eu estava me sentindo tão mal, que quando entrei na van, até esqueci de descer em Manguinhos e segui direto pra casa. Em casa lembrei do Raio-X e saí novamente, mas estava tão fraco, com tanta dor de cabeça, que resolvi parar no posto de saúde do meu bairro, Zé Gonçalves, e perguntar se realmente eu teria que fazer este Raio-X, se ele era muito importante pra minha saúde, já que tudo indicava que eu estava com Covid. O pessoal do posto disse que sim, que eu deveria fazer para ver como estavam os meus pulmões. Eles insistiram que eu deveria ir e eu fui. Peguei a van novamente.

O paciente então desceu em Manguinhos, tirou o Raio-X na clínica indicada, e pela quarta vez no mesmo dia, entrou numa van. Mas ainda não foi pra casa. Foi levar a chapa para ser analisada pelo médico do posto da Ferradura. Na volta pra casa, pegou a quinta van do dia.

– Toda vez que eu entrava numa van eu ficava pensando nas pessoas que estavam ali, senhores, senhoras, mas não tinha jeito. E eu estava tão mal, me sentindo tão fraco, não consegui ninguém para me levar de carro, dar uma carona. Também, quem me levaria sabendo que eu estava com Covid? E fiquei pensando, quantos trabalhadores são obrigados a andar de van com pessoas nas mesmas condições que eu, sem nem saber do risco que estão correndo? Será que a prefeitura não tem condições de fornecer o transporte para pacientes suspeitos de Covid? O meu caso já estava praticamente confirmado e ainda assim me mandaram pegar van e circular o dia inteiro pela cidade. Não é justo com a população. Fica aí a minha revolta, crítica e denúncia – finaliza.

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