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Cidades

O movimento é das juventudes

A civilização ocidental e sua lógica produzem vários estopins para revoltas diversas. O cotidiano apresenta diversas mensagens sobre a propaganda de se cuidar das pessoas versus a realidade de desassistência das pessoas. A vulnerabilidade e a fragilidade são elementos solapadores de reações contra o status quo.


Uma abordagem policial violenta filmada por um Iphone. Viralização da imagem e um sentido de basta deflagado. Milhares de jovens vão as ruas clamando por justiça, a mesma justiça que sempre absolve os policiais agressores. Jovens de diversos matizes reivindicando o fim da violência racial.


Os Estados Unidos é um país multiétnico faz tempo e com uma robusta literatura sobre lutas sociais e revoltas populares. A gramática de revolta por aquelas bandas é forte e se ia produzir frutos, ainda mais no momento em que se tenta reivindicar um suposto estadunidense original, inconcebível, nos dias atuais.


É interessante notar que a pauta sobre o combate ao racismo é mais relevante do que nunca, capaz de mobilizar pessoas e provocar tensões no campo público do debate. Por mais que as repercussões do que acontece nos EUA, por essas bandas, sejam descaracterizadas do seu componente fundamental: racismo institucional.


Por aqui, Brasil, o combate ao racismo nunca deixou de ser pauta, até porque os agentes estatais não dão trégua ao povo preto e indígena (nativo). Não dão trégua via ação policial nas favelas, via sucateamento dos organismos de fiscalização (IBAMA e ICMBIO) contra o desmatamento da Amazônia. Isso pra citar situações recentes, em curso.


Além disso, há a política de enfraquecimento e destruição das instituições públicas, tudo dentro de uma ideologia de combate ao inimigo interno, como manobra de desmantelamento da assistência, tão cara ao nosso povo. Não se ter um ministro da saúde até hoje, mesmo com 30 mil mortos via Covid-19 representa o quê, além do aceno a destruição do bem público?
Somos vulneráveis pela nossa origem, pela nossa existência e somos frágeis por se ter cada menos como se ancorar no patrimônio público. A falta de perspectiva futura é pauta, não saber se será atendido por uma política pública qualquer é pauta.
A juventude brasileira nunca foi omissa e não será dessa vez. As fronteiras através da rede diminuíram e saber localizar o que se converge e com se difere é fundamental para as ações que acontecerão. A juventude acessa os materiais já produzidos e entende que precisa tomar as ruas para a mudança.


A casa deles não é mais segura, não se tem mais garantia de nada. A minha geração e as gerações anteriores deixaram um mundo injusto, violento, antipreto e anti-indígena. Anti-humano porque não se quer garantir a diversidade e nem a possibilidade de vivência dos jovens de hoje e dos que estão vindo.
As casas foram violadas, seus moradores estão sendo alvejados, expulsos e os mais velhos seguem na sanha e defesa de um ambiente tóxico e sufocante. O racismo é incompatível com a vida e os jovens sabem disso. E sabem que o mote do racismo pode pulverizar o sentido de continuidade das suas vidas. Sabem da destruição dos nossos biomas e sabem da destruição do patrimônio público. E dizem, basta!


Nosso papel é o acolhimento, a palavra, o suporte, o apoio, o fortalecimento. Nos inspiremos nos jovens que enxergam a decadência da nossa civilização e querem mudança, de fato. De nossas arenas possíveis, a juventude é a esperança…

Fábio Emecê é professor, ativista ant-racismo e vadio

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