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Tentativa de interdição coloca em risco o atendimento no Hospital da Mulher

Encontro teve a participação de representantes do Ministério de Saúde, do governo do Estado, do Município e do Hospital da Mulher de Cabo Frio. Imagem: Reprodução
Encontro teve a participação de representantes do Ministério de Saúde, do governo do Estado, do Município e do Hospital da Mulher de Cabo Frio. Imagem: Reprodução
Carta de intenções foi assinada para cumprir determinações feitas pelo órgão em 2015

A tentativa de interdição do Hospital da Mulher de Cabo Frio causou surpresa geral. Ainda mais nas pacientes que estavam na recepção da unidade em busca de atendimento na tarde da última quinta-feira (16). Foi quando dois fiscais do Conselho Regional de Medicina (Cremer) chegaram com um papel informando que a unidade de saúde deveria fechar as portas e não receber mais ninguém. Rapidamente um tumulto se formou aos gritos de “não vai fechar”.

Vereadores chegaram ao local e demonstraram apoio às pacientes que queriam impedir o fechamento. Em seguida, o prefeito Adriano Moreno (Rede) resolveu, pessoalmente, garantir o funcionamento da unidade.

“Estamos buscando uma liminar para reverter esse absurdo, mas, mesmo antes dessa liminar, eu posso garantir que o hospital continua funcionando. É a única maternidade de portas abertas que atende toda a região e não vamos aceitar isso. Eu sou médico e assumo a responsabilidade. O hospital fica aberto”, garantiu o prefeito, que resolveu desafiar a decisão do Cremerj, alegando que a população não poderia ficar sem o atendimento..

Os vereadores presentes demonstraram solidariedade com a decisão do prefeito. Letícia Jota (PSC), por exemplo, questionou aos conselheiros do Cremerj como ficaria a situação das pacientes que não poderiam ser mais atendidas se o hospital fosse fechado.

“Tiveram muito tempo para cobrar as providências. Agora que a nova direção está colocando a situação nos eixos vão querer fechar o hospital? Não vamos admitir isso”, declarou a vereadora.

Letícia Jota se refere ao fato do número de mortes na unidade ter caído após a nova direção da unidade assumir. Enquanto, nos três primeiros meses deste ano, ainda com a direção anterior, 17 mortes de bebês e nascituros foram registradas, a partir do dia 10 de abril, quando a nova diretora assumiu, foram duas.

Até mesmo opositores ao governo municipal discordaram da possibilidade de fechamento do hospital. A ativista política Carolina Werkheizer, assessora parlamentar do deputado federal Marcelo Frexo (PSOL), falou com a imprensa no local e fez críticas à ação do Cremerj. Para ela, a interdição não resolve os problemas e “as mulheres e crianças não podem pagar”.

Carolina Werkheizer, coordenadora do Setorial de Mulheres do Psol Lagos

“A interdição não é efetiva para a população. Quando se fecha uma unidade que atende a cidade e a região, se fecha a possibilidade de atendimento e isso coloca em risco as gestantes e as crianças. O prefeito se comprometeu em levar uma carta de compromisso para o Cremerj decidir sobre essa questão. A interdição, da forma com está sendo feita, não é mo melhor para a cidade”, opinou Werkheizer.

O tema voltou a ser discutido posteriormente na Câmara Municipal. O vereador Vínícius Corrêa (PP), líder da bancada do governo, classificou a ação do Cremerj como “política”.

“É uma perseguição. Todos sabemos que o Cremerj vem pedindo adequações não apenas há meses, mas há anos. Agora que a situação está melhorando não podem decidir fechar desta forma. Foi claramente um fato político”, declarou ele.

Já o vereador Vaguinho Simão (PPS), que é o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Hospital da Mulher na Câmara Municipal, discordou se tratar de uma ação política, mas também fez elogios à nova direção da unidade de saúde.

“Não penso que se trata de uma ação política ou coisa do tipo. O Cremerj usou de suas atribuições. A gente precisa que o hospital não apenas funcione, mas que funcione bem. É importante que o prefeito se comprometeu em resolver, e não se pode negar que a nova gestão (do Hospital da Mulher) está fazendo para melhorar o atendimento”, declarou Vaguinho.

Nova diretora falou na CPI

Nesta semana a nova diretora do Hospital da Mulher, médica Tânia Lydia Matosinhos, falou na CPI da Câmara sobre as mortes ocorridas no início do ano na unidade. Ela disse que foram registradas duas mortes desde que assumiu a direção, no dia 10 de abril. O depoimento do secretário de Saúde, Márcio Mureb, também estava marcado mas, por alteração na agenda, foi adiado para a próxima segunda-feira (20).

Negociações com o CREMERJ
Adriano esteve no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (17)

O prefeito Adriano Moreno se reuniu nesta sexta-feira (17) com representantes do Cremerj no Rio de Janeiro. O objetivo é atender todas as exigências feitas pelo Conselho e, assim, garantir que a unidade volte a funcionar em sua totalidade.

Na reunião, o órgão apresentou uma lista de novas exigências, referindo-se a pendências relativas ao ano de 2017, que não foram atendidas pelo governo da época. Tratam-se de questões da estrutura básica como, por exemplo, nomenclaturas de setores. Diante das novas condições apresentadas pelo Conselho, o prefeito se comprometeu a entregar, até a próxima segunda-feira (20), um relatório com as soluções.

O Cremerj Rio vai se reunir na próxima terça-feira (21), quando deverá deliberar sobre o assunto. O secretário de Saúde, Márcio Mureb, e o corpo gestor do Hospital também se reuniram a fim de atender todas as exigências apontadas pelo órgão na quinta-feira (16), na ocasião da
interdição. Segundo o secretário, tais exigências estão sendo cumpridas e os documentos solicitados serão encaminhados para a Seccional do Cremerj em Cabo Frio.

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