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Reserva de água: alternativa para o fim da escassez na Região dos Lagos na alta temporada?

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texto Nicia Carvalho / foto Jhony Bianch

Verão. Ano novo. Férias. A época mais aguardada do ano faz com que as cidades turísticas abriguem número maior de indivíduos nesse período. Na Região dos Lagos, a alta temporada evidencia um problema antigo: a falta de água para atender os atuais 423 mil residentes das cinco cidades da área de concessão da Prolagos, de acordo com estimativa do IBGE Cidades, somados à população flutuante que chegou a 1,2 milhões de pessoas na virada do ano. Os dados são de contadores de veículos instalados na Via Lagos. Com tantas pessoas na região, a reserva de água é alternativa para o fim da escassez?

Responder a esta pergunta requer que entendamos alguns números que impactam nas cidades de Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia. Ainda assim a resposta e a solução são complexas, pois envolvem diferentes setores da sociedade como Câmara Municipal, prefeituras, população, sociedade civil organizada, concessionária.

O engenheiro José Vicente, gerente de Operações da concessionária, defende que população, comércios e estabelecimentos de hospedagem se preparem para a alta temporada com reservação de ao menos 150 litros por dia por pessoa. Num imóvel com quatro pessoas seriam 600 litros por dia de reserva, que resultariam em três mil litros em caso de desabastecimento por até cinco dias. De acordo com o Instituto Trata Brasil, o consumo diário de água por pessoa preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) é de 110 litros por dia.

“A reserva de água impacta em toda a região e ela é muito importante para garantir o abastecimento nesse período onde historicamente há falta. O consumo aumenta, então, a estrutura precisa acompanhar a mudança de comportamento do imóvel, que passa a receber mais pessoas, logo, vai consumir mais água. Contudo, hoje a produção e a capacidade do reservatório são suficientes para atender o que determina o contrato”, explicou.

Segundo ele, por contrato a concessão é obrigada a atender a população residente mais os flutuantes em até 70% dos moradores fixos, o que equivale a 720 mil pessoas. Porém, o excedente na virada do ano foi de 500 mil indivíduos, o que elevou o público na Região dos Lagos para 1,2 milhões.

Milhões em investimentos e quilômetros de estrutura

Para que Cabo Frio e demais cidades da concessão tenham água sem que a população contribua com os próprios reservatórios de água para alta temporada, seria necessário aumentar os investimentos em alguns milhões, além de dobrar o número de reservatórios da concessionária e a adutora em cerca de 60 quilômetros, segundo o engenheiro.

“Investir mais ficaria muito caro, implicaria numa superestrutura para ser usada uma vez ao ano e esse custo seria repassado para a tarifa. Será que a população residente quer pagar a conta do conforto do turista? Atualmente temos 45 milhões de litros de reservação e reservatórios espalhados nas cinco cidades da concessão”, afirmou.

Reservar antes da alta temporada

Entre as estratégias necessárias para que  haja água para moradores e turistas, especialmente em janeiro, é preciso que a população residente encha seus reservatórios – caixas d’água sobressalentes e/ou cisternas – antes da alta temporada. O mesmo se aplica a estabelecimentos comerciais. Também é importante que a higiene obrigatória desses recipientes seja realizada a cada seis meses.

Uma forma de economizar água é evitar os horários de maior consumo – em geral no horário de almoço e no fim da tarde; realizar manutenção preventiva e corretiva com regularidade estabelecida pela Agência Nacional de Águas (ANA), a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) e Ministério da Saúde; uso de boia para controle da força da água, que pode gerar até 30% de economia.

Independentemente de a reservação ser ou não a alternativa para a escassez de água na região na alta temporada, é vital que cada um faça sua parte para economizar o bem natural mais importante da Terra. O consumo consciente pode ser a chave para preservação.

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