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Impacto da pandemia no turismo

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Imagem: Reprodução

Autor: José Carlos Alcântara

Turismo é uma atividade de extrema importância econômica e social para o Brasil, empregando muitas pessoas, desde as mais qualificadas, até os jovens com baixo nível de escolaridade e que só recentemente ingressaram no mercado de trabalho:

• A contribuição econômica direta e indireta do setor de turismo e lazer no Brasil, alcançou R$ 551,5 bilhões (US$ 140 bilhões) em 2019. Ou seja 7,7% do PIB do Brasil, de acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (World Travel & Tourism Council).

• No final de 2019, o setor criou 7,4 milhões de empregos – incluindo empregos diretos, indiretos e induzidos – ou 8% do total.

• Como importante gerador das receitas cambiais, o turismo atraiu US$ 6 bilhões das receitas internacionais do Brasil, em 2019.

O turismo vinha crescendo bem nos últimos anos no Brasil. O turismo receptivo internacional, era tímido frente às potencialidades do país, mas o turismo doméstico se consolidava a cada ano. Em 2019, os desembarques nacionais nos aeroportos cresceu1,72% em relação ao mesmo período de 2018. Foram 97,4 milhões de passageiros domésticos no ano passado ou cerca de 2 milhões a mais que o registrado em 2018 (95,7 milhões). Os desembarques de turistas provenientes do exterior, totalizaram 11 milhões de passageiros transportados através dos voos internacionais.

As atividades que compõem a cadeia turística geraram em 2019, cerca de US$ 20 bilhões em impostos federais, um crescimento de 8,05% comparado ao ano anterior, quando o saldo de contratos de trabalho com origem nas atividades do turismo foi de cerca de 36 mil empregos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, do Ministério da Economia.

Em fevereiro de 2020, foram diagnosticados os primeiros casos da Covid-19 no Brasil, em pacientes recém chegados de viagens internacionais. Em março, os casos se multiplicaram por todo o país, resultando em decretos de várias cidades do Brasil, recomendando-se o fechamento do comércio de bens e de serviços não essenciais.

Todas as atividades relacionadas diretamente e indiretamente ao turismo, foram fortemente impactadas. Desde o início do surto da Covid-19, o setor de turismo e de transportes no Brasil retraiu em 80% o seu faturamento (1º de março ao final de julho).

Mas, não foi apenas o turismo doméstico, o turismo internacional também sofreu um forte impacto causado pela pandemia. No início de 2020, as receitas e despesas cambiais sofreram variações negativas de 20,28% e 32,13%, respectivamente. Todas as atividades foram impactadas, desde as agências de turismo até as redes de hotéis e companhias aéreas.

O embarque e desembarque de passageiros em voos domésticos e internacionais, sofreu uma retração de 9,12% e 16,63%, conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil e do Ministério do Turismo. Mesmo com o tímido crescimento da economia a partir de julho, a estabilização só é prevista entre o final de 2020 e o fim do ano 2021. Estudo realizado pela FGV, estima que a perda para o setor de turismo será em torno de 21,5% nesse biênio.

A humanidade não havia passado antes por uma crise tão grande, como a dessa pandemia que devastou o mundo inteiro. Isso não afetou apenas a economia, mas também a saúde e os hábitos de consumo de toda a população mundial.

Atualmente, não é mais possível fazer planos para longo prazo de viagens nem programar pequenos deslocamentos pessoais. Nossas viagens de férias e de negócios, estão sendo adiadas por tempo indeterminado. Todos nós, dependemos da atual expectativa de uma vacina para a Covid-19, que só começará a ser aplicada a partir do segundo trimestre de 2021.

Diversos países continuam mantendo barreiras sanitárias em suas fronteiras e não aceitam a entrada de estrangeiros provenientes de alguns países, entre eles o Brasil. Da mesma forma, os residentes em outras nações não pretendem vir ao Brasil por um período ainda indeterminado.

Os dados indicam que o turismo passa pela maior crise dos últimos tempos. E, possivelmente, esta é a maior crise da história, com forte clima de instabilidade e incerteza. Mas, a retomada do turismo ocorrerá de forma lenta e gradual. As pessoas só voltarão a viajar, quando se sentirem seguras. E isso deverá ocorrer em fases:

1ª fase: As famílias começarão a viajar utilizando transporte individual para destinos próximos às suas cidades de origem. Serão procurados hotéis que oferecem com facilidade, todos os protocolos de segurança exigidos que já são do conhecimento dos interessados, via redes sociais e outras mídias.

2ª fase: Início de deslocamentos pelas viagens domésticas. Pesquisa realizada pela plataforma “Hoteis.com” aponta que a intenção da próxima viagem dos turistas brasileiros é predominantemente para destinos no litoral, como Florianópolis, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Observa-se que as pessoas buscam ambientes abertos, como as praias e evitam lugares fechados ou aglomerações. Ainda não é possível prever o período onde a população poderá efetivamente começar a realizar as viagens. E, não há previsão da imunização total, após aplicação da vacina contra a Covid-19 em toda a população.

3ª fase: Retorno às viagens internacionais e turismo de eventos. Essa fase dependerá dos protocolos sanitários adotados por cada país. Mas, até que haja um controle após uma vacinação em massa e de protocolos para um tratamento efetivo da doença. A crise econômica mundial pode contribuir negativamente para uma recuperação desse mercado. O turismo de eventos, tradicional gerador de turismo em massa, deve ser reduzido e poderá ser substituído em parte, por alternativas mais econômicas para as empresas, utilizando-se tecnologias como: videoconferências, lives e recursos de comunicação para reuniões, congressos e seminários realizados com excelentes resultados no período de isolamento e assim deverão permanecer.

Essas fases são suposições dos especialistas e devem ocorrer naturalmente. O período em que cada fase deve ocorrer é incerto. Dependendo ainda de políticas públicas e esforços de promoção do setor turístico. Além da imunização da população é preciso criar alternativas para enfrentar a redução de renda e a perda de empregos da população das cidades turísticas.

Esses municípios é que deverão sofrer mais, com a retração de suas economias. Um importante estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, estima que o reequilíbrio do setor, com a recuperação da saúde financeira dos negócios e das famílias, estará fortemente comprometida até o final de 2021. Para o turismo internacional, esse período de recuperação levará mais de 2 anos ou até o final de 2022.

As perdas econômicas resultantes em comparação ao PIB do setor em 2019, deverão totalizar R$ 116,7 bilhões no biênio 2020-2021. Portanto, o dano projetado hoje representaria uma perda total de 21,5% da economia representada por esses serviços nesse período.

O mercado do turismo em todo o mundo, deverá permanecer reprimido por 2 ou 3 anos e só se prevê uma recuperação efetiva a partir de 2022. Esse é o setor da economia mais impactado em todo o mundo. Cada uma de suas atividades foram afetadas em menor ou em maior intensidade, resultando no fechamento de empresas, demissões e reduções salariais.

O setor de turismo e transporte no Brasil, sofreu uma queda de 79% no seu faturamento no período de 1º de março e 30 de julho e, em algumas semanas desse período, esse percentual chegou a ultrapassar a casa dos 90% de perda.

De acordo com alerta do WTTC – World Travel & Tourism Council, a indústria de viagens e turismo precisará de, no mínimo, de um a dois anos para se recuperar após o fim da pandemia. Segundo o estudo da FGV, “Impacto Econômico do COVID-19 – Propostas para o Turismo Brasileiro”, a estabilização do setor deve ocorrer em fases (turismo doméstico, internacional, turismo de negócios e eventos) entre novembro de 2020 a novembro de 2021.

Já a recuperação das perdas sofridas, deverá durar até o final de 2023. Para o estudo Recuperação da Hotelaria Urbana no Brasil, elaborado pela Hotel Invest, o potencial de equilíbrio operacional (break even), especialmente no setor hoteleiro, só ocorrerá após o último trimestre de 2020. Os estabelecimentos não darão mais prejuízo, mas o lucro ainda permanece longe da realidade, com uma taxa de ocupação pouco acima de 50%.

A jornada deverá ser longa. Mas, é importante considerar que essas perspectivas dependem de um tratamento eficaz, de um controle da Covid-19 e da imunização para garantir a segurança da população. Condições de expectativas favoráveis para o crescimento do turismo no Brasil com a sua estabilização, irão exigir um profundo processo de melhoria da qualidade desses serviços, que precisa ser desenvolvido em 2021 e ao longo dos próximos anos.

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