A Região dos Lagos já começa a sentir o impacto da greve dos caminhoneiros iniciada nesta segunda-feira, 21, afim de protestar contra o aumento dos combustíveis. Na Região, diversos postos já apresentam a falta de determinados combustíveis, além disso, o valor registrou um aumento considerável.
Em Búzios, a administração do Posto Jubarte teme que o combustível acabe antes do fim de semana, já que o caminhão que transporta o combustível para abastecer o estabelecimento é um dos que está preso no protesto.
Na Rasa, a gasolina comum já acabou, enquanto em um posto próximo ao Pórtico o Diesel também finalizou. Os demais combustíveis estão em pouco quantidade e não devem durar por mais de dois dias.
Diante desta situação, muitos motoristas de vans, que circulam pelo balneário, além de encherem o tanque estão armazenando combustível em galões, afim de conseguir manter o serviço, no máximo de tempo possível, já que não há previsão para o fim da greve.
Em Unamar, bairro do 2º Distrito de Cabo Frio, cada motorista só pode abastecer até 25 litros. A medida visa atender o maior número de clientes possível. Mas segundo funcionários, a quantidade disponibilizada só deve durar por mais dois dias. Ainda em Tamoios, no bairro Aquarius, outro posto já não tem mais etanol. O abastecimento não está limitado, mas a gerência não sabe até quando terá combustível disponível.
Em São Pedro da Aldeia e no Centro de Cabo Frio, a situação também é delicada. A previsão também é de que o produto acabe, no máximo, em mais dois dias, caso a greve continue. Situação similar à de Rio das Ostras e Macaé, onde a preocupa por combustível já aumentou desde terça-feira, 22.
Além da falta dos combustíveis, os motoristas estão pagando ainda mais caro. Em Tamoios, por exemplo, a gasolina subiu para R$5,17.
Mais preocupações – A falta de combustível pode ser o primeiro problema sentido pela população. Caso a greve continue, há grande possibilidade de que outros problemas sejam enfrentados.
A Salineira, empresa responsável pelos ônibus que circulam na Região dos Lagos, já anunciou redução na frota. O motivo é a falta de óleo diesel para abastecer os veículos.
Além do transporte, produtos alimentícios também correm risco de sofrer escassez. Segundo informações apuradas pelo Prensa, o Supermercado Princesa de Búzios está fornecendo alguns produtos para outros mercados afim de atender a demanda.
Além disso, um caminhão do mesmo mercado está preso no protesto dos caminhoneiros, e para não perder os alimentos, que são perecíveis, decidiu doar os alimentos aos moradores das proximidades.
A previsão é que se a greve permanecer pelos próximos dias, a escassez de produtos pode afetar à população em grandes proporções.