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Caso Marielle Franco: quem são os dois presos e o que falta saber sobre os assassinatos

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado anunciaram nesta terça-feira (12) a prisão de dois suspeitos pelo assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela, Anderson Gomes, em março de 2018. Segundo os investigadores, Lessa efetuou os disparos contra Marielle e Anderson, enquanto Queiroz dirigiu o veículo de modelo Cobalt usado durante o ataque.

Lessa foi preso em sua casa, no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, mesmo local onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem casa.

Queiroz foi expulso da PM-RJ após se tornar réu na Operação Guilhotina, realizada pela Polícia Federal, em 2011, e voltada contra policiais fluminenses acusados de corrupção e de manter laços com traficantes.

A prisão da dupla teve grande repercussão nas redes sociais – o termo #MarielleFranco entrou na lista dos trending topics globais no Twitter.

Muitos, porém, cobravam a identificação dos mandantes do ataque – e não apenas dos executores -, além da elucidação dos motivos do crime.

Os pedidos pela responsabilização dos mandantes foram endossados pela arquiteta Mônica Benício, viúva de Marielle.

“Parabéns às promotoras, e a todos os envolvidos. Espero poder ter acesso aos detalhes para que sinta segurança nesse resultado. Mas ainda falta a resposta mais urgente e necessária de todas: QUEM MANDOU MATAR Marielle? Espero não ter que aguardar mais um ano para saber”, ela escreveu no Twitter.

Em nota, a ONG Anistia Internacional pediu que um grupo independente de especialistas possa acompanhar as investigações. “A organização reitera que ainda há muitas perguntas não respondidas e que as investigações devem continuar até que os autores e os mandantes do assassinato sejam levados à Justiça”, diz a ONG.

Outra ONG, a Human Rights Watch, afirmou que a detenção dos suspeitos, “se confirmadas as evidências sobre seu envolvimento, é um passo muito importante na eludicação deste grave crime que chocou o Brasil e o mundo”.

“Para além disso, permanece o desafio fundamental de que os investigadores da polícia e o Ministério Público avancem no inquérito que visa identificar os mandantes do assassinato. A sociedade precisa saber não só quem apertou o gatilho, mas quem mandou matar e o porquê”, diz a organização.

O crime completa um ano na próxima quinta-feira, 14 de março.

 

Ataque planejado
“A empreitada criminosa (contra Marielle e Anderson) foi meticulosamente planejada durante os três meses que antecederam o atentado”, diz a nota do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ).

A operação foi batizada de Lume – uma referência ao Buraco do Lume, onde Marielle atuava num projeto chamado Lume Feminista.

“É inconteste que Marielle Francisco da Silva [nome de batismo da vereadora] foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia”, diz a denúncia, que classificou o atentado como um “golpe ao Estado Democrático de Direito”.

Além das prisões, a operação realiza mandados de busca e apreensão nos endereços dos denunciados para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munições e outros objetos.

Os promotores do Gaeco/MPRJ concederão uma entrevista coletiva sobre a operação na tarde desta terça-feira. Desde o fim da manhã, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e policiais civis envolvidos na investigação também estão dando detalhes da operação a jornalistas.

Além dos pedidos de prisão, o Ministério Público pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa, além da indenização por danos morais aos parentes das vítimas e do pagamento de uma pensão ao filho de Anderson até que ele complete 24 anos.

Entrevista
Em entrevista coletiva, Giniton Lages, chefe da Delegacia de Homicídios, disse que as prisões são a conclusão da primeira fase de uma investigação que ainda está longe de acabar. Falta agora saber se alguém mandou matar Marielle Franco ou se a ideia partiu do próprio Lessa. Também é preciso saber as motivações do crime, embora já se fale em “crime de ódio”. “Esta é a primeira fase. Não tem nada encerrado. Estamos indicando quem atirou e quem conduziu o veículo. Há ainda respostas para alcançar”, destacou. Por isso, ressaltou, a polícia está cumprindo um total de 34 mandados de busca e apreensão nesta terça. E disse ainda que a elucidação caso deve ser um recado de que “o crime de Marielle e Anderson não pode se repetir”.

Familiares de Marielle Franco e Anderson Gomes, além de políticos do PSOL ligados a vereadora, ressaltaram que a polícia deve agora apontar quem são os mandantes do crime e quais são suas motivações. Já o governador Wilson Witzel disse que os acusados “poderão fazer uma delação premiada”. Ele disse ainda as prisões são “uma resposta importante que nós estamos dando para a sociedade: a elucidação de um crime bárbaro cometido contra uma parlamentar, uma mulher, no exercício de sua atividade democrática”.

As prisões ocorreram em uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, e da Delegacia de Homicídios (DH) da Polícia Civil da capital. A polícia e o Gaeco chegaram às 4h na casa dos investigados. Lessa mora no condomínio Vivendas da Barra, o mesmo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Não detectamos uma relação direta com a família Bolsonaro”, destacou Lages. Questionado, reconheceu que a filha de Ronnie Lessa namorou um dos filhos do presidente. “Isso tem [namoro entre os dois], mas isso, para nós, hoje, não importou na motivação delitiva. O fato dele morar no condomínio do Bolsonaro não nos diz nada, isso será confrontado no momento oportuno. Não é importante para esse momento”.

A Operação Buraco do Lume, em referência ao local no centro do Rio onde políticos do PSOL prestam contas à população, também cumpriu outros 32 mandados de busca e apreensão para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, entre outros objetos que podem ajudar a esclarecer o crime.

De acordo com a denúncia das promotoras Simone Sibilio e Leticia Emile, o crime foi planejado nos três meses que antecederam os assassinatos. “É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia. A barbárie praticada na noite de 14 de março de 2018 foi um golpe ao Estado Democrático de Direito”, diz a denúncia. O MP também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa, a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor de Anderson até completar 24 anos de idade.

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