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Boom populacional em Búzios gera preocupações sobre infraestrutura

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São quase 12 mil pessoas a mais em Búzios (foto) entre os dois levantamentos - Grupo Prensa de Babel
Segundo prévia do Censo 2022 do IBGE, município está próximo da casa dos 40 mil habitantes

À primeira vista, a impressão que se tem é que as cidades encolheram. Não é por acaso, afinal, a prévia do Censo 2022 do IBGE, com dados colhidos até o fim do ano passado, apontam uma verdadeira explosão demográfica, em especial, em alguns dos municípios da área de cobertura da Prensa. Em Armação dos Búzios, por exemplo, o contingente populacional passou de 27.560 habitantes, pelo último censo, em 2010, contra 39.033 habitantes, no atual levantamento. Isso representa um avanço populacional de 41,6%, índice muito maior do que a observada no estado do Rio na totalidade, que foi de 3,9%, e do Brasil, que teve um aumento demográfico de 8,9% na última década.    

São quase 12 mil pessoas a mais entre os dois levantamentos, o que equivale à população do bairro carioca do Riachuelo, que fica às margens da linha do trem, na Zona Norte. Ou de Maria Joaquina, cuja população não foi contabilizada, visto que legalmente a comunidade pertence a Cabo Frio, mesmo que, por razões históricas e geográficas, os moradores da localidade recorram aos serviços públicos de Búzios. Seja de forma oficiosa ou oficial, o aumento na demanda por infraestrutura na cidade preocupa estudiosos e lideranças ouvidas pela reportagem. 

A ambientalista e conselheira municipal de Meio Ambiente Mônica Casarin observa que o boom demográfico leva a implicações em diversos segmentos, a exemplo da questão fundiária. 

“O inchaço populacional de uma cidade pequena traz diversas consequências e desafios que já estamos enfrentando. A pressão imobiliária é um deles. O poder público não tem servidores e nem instrumentos necessários para controlar a ocupação do solo que essa massa de novos moradores demanda, resultando na ocupação irregular de terrenos, públicos e privados, inclusive em áreas dentro de Unidades de Conservação. Muitas invasões de grileiros e milicianos de estão loteando irregularmente área e vendendo lotes”, denuncia. 

Atuante no controle social dentro do município, Mônica aponta ainda que há reflexos nos constantes engarrafamentos no trânsito, havendo assim a necessidade de revisão dos Planos Diretor e de Mobilidade Urbana. No âmbito do meio ambiente, uma das  preocupações é com o aumento na emissão de gases tóxicos e na geração de maior quantidade de lixo, o que indicaria a adoção de um sistema de coleta e reciclagem dos resíduos sólidos.

“Outro desafio é o saneamento básico. O município depende de uma concessionária para ter acesso à água e esgoto. Não existe um planejamento sério das reais necessidade do município. Por iss,o é comum ficarmos sem água durante a alta temporada e vermos esgoto jorrando a céu aberto em vários pontos do município, isso sem falar o esgoto direcionado, de forma subterrânea, para nossas lagoas e para o mar. A drenagem é outro problema que precisamos tratar de forma mais profissional. Com novos moradores a impermeabilização do solo aumenta, prejudicando a drenagem que já deficiente. A cidade precisa elaborar um planejamento de execução de novas redes de drenagem e um plano de manutenção delas”, complementou.

A situação traz desafios também para o setor de serviços, incluindo o Turismo, mola mestra da economia buziana. Na opinião do presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SindSol), Thomas Weber, a pauta de discussões é ampla.

“Penso que toda nossa região sente esse aumento populacional há muitos anos.  Com toda certeza, traz grandes desafios para o setor público para colocar toda a infraestrutura necessária. Seja na área de saúde, educação, infraestrutura de saneamento; urbana, praças, controle das edificações e vários outros pontos. Para a área empresarial, surge também um grande mercado e enorme responsabilidade de possibilitar um comércio e prestação de serviços de qualidade e legalizada”, pondera.

Maricá teve aumento de equivalente a três quartos da população em 12 anos

O estudo preliminar do IBGE revela que outros municípios da área de cobertura da Prensa tiveram um incremento populacional expressivo em pouco mais de uma década. No caso de Rio das Ostras, o índice foi similar ao registrado em Búzios, chegando a 41,5%. Em 2010, a população rio-ostrense era de 105.676 habitantes, enquanto esse número chegou a 149.562 habitantes em 2022.

O caso que mais impressiona, no entanto, é o de Maricá. A reboque do desenvolvimento impulsionado pelos recursos dos royalties do petróleo e da expansão de programas sociais, o município da Região Metropolitana registrou um aumento de incríveis 75,65 da população, passando de 127.461 habitantes, em 2010,  para 223.938 habitantes, segundo a prévia de 2022.

Cabo Frio e Macaé também apresentaram aumentos importantes em seus contingentes populacionais: de 14,9% e 27%, respectivamente. O município cabo-friense saltou de 186.227 habitantes para 214.057 habitantes; enquanto o macaense subiu de 206.728 habitantes para 262.692 habitantes.

Para o professor e historiador Paulo Cotias, é preciso avaliar como se deu o crescimento populacional nas cidades da região. Segundo o estudioso, a união entre falta de planejamento e descompasso na revisão de instrumentos de ordenamento controle como Plano Diretor e Leis Complementares se traduz em um processo desigual de expansão; na degradação de áreas de proteção; favelização; gentrificação e grilagem de terras, “que se misturam ora como causas, ora como consequências”. 

“Todo esse conjunto impacta necessariamente a economia. O desemprego e a sazonalidade fazem a renda média oscilar e a falta de ordenamento atinge os setores formais e os da cadeia do turismo, duplamente penalizado com as consequências do crescimento desordenado”, conclui.

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