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Carbonato de potássio pode ajudar a recuperar solo queimado

Carbonato de potássio pode ajudar a recuperar solo queimado
Carbonato de potássio pode ajudar a recuperar solo queimado

O Brasil enfrenta uma crise de incêndios que afeta gravemente o solo das lavouras, particularmente durante os períodos de calor e seca. Notícia destacada pelo Solo Rico afirma que essa combinação, agravada pelo fenômeno climático El Niño, cria as condições ideais para que o fogo se espalhe rapidamente, destruindo vastas áreas agrícolas e prejudicando não apenas a produtividade das safras, mas também a sustentabilidade do solo a longo prazo.

Dados da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), divulgados pelo Canal da Cana, indicam que entre o último fim de semana de agosto e a primeira semana de setembro, foram registrados mais de 2,3 mil focos de incêndio no estado de São Paulo, afetando mais de 100 mil hectares de canaviais e áreas de rebrota. Os prejuízos superam R$ 800 milhões por conta dessas queimadas – vale ressaltar que essas estimativas não incluem as áreas de preservação permanente (APP), reservas legais e pastagens, agravando ainda mais o cenário.

Os incêndios, especialmente esses que avançam sobre regiões agrícolas, têm um efeito devastador sobre o solo. Dados publicados pela AgroAdvance indicam que, entre os principais danos, ocorre a perda de nutrientes essenciais, como nitrogênio, fósforo e potássio, mudanças no pH e no teor de carbono, a compactação do solo, que o torna mais suscetível à erosão, e a destruição da biodiversidade microbiana, que é fundamental para o equilíbrio do ecossistema agrícola. Essas alterações comprometem gravemente a produtividade agrícola e aumentam os custos para os agricultores, que muitas vezes precisam renovar canaviais e recorrer a insumos químicos para tentar restaurar a fertilidade perdida.

Além das consequências diretas no solo, esses danos forçam os agricultores a reavaliar suas práticas e buscar soluções mais sustentáveis e inovadoras para proteger o solo e garantir a viabilidade de suas colheitas. Nesse contexto, a aplicação de fertilizantes especiais tem se mostrado uma das principais estratégias para mitigar os efeitos negativos dos incêndios e das mudanças climáticas nas lavouras.

O carbonato de potássio, por exemplo, utilizado na fabricação de fertilizantes, desempenha um papel crucial na recuperação e proteção das culturas. Conforme destaca João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas, “sabe-se que o carbonato de potássio melhora a fotossíntese, a síntese de proteínas e aumenta a tolerância das plantas a condições adversas, como doenças e estresse hídrico, por exemplo”. Segundo o executivo, esse composto, presente em fertilizantes de alta performance, é fundamental para garantir colheitas saudáveis e produtivas, mesmo em tempos de crise ambiental.

A adoção de tecnologias avançadas no uso de fertilizantes, como os à base de sais de potássio e ácidos húmicos, não apenas aumenta a produtividade, mas também contribui para a proteção do meio ambiente. Segundo Freitas, empresas como a Katrium estão na vanguarda dessa inovação, oferecendo soluções sustentáveis que seguem rigorosos padrões ambientais, sociais e de governança (ESG), buscando equilibrar o aumento da produtividade com a redução do impacto ambiental.

De acordo com material disponibilizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), os fertilizantes foliares e o uso do carbonato de potássio, em particular, ajudam a melhorar a qualidade do solo após o impacto das queimadas, favorecendo o desenvolvimento saudável das plantas e minimizando a dependência de herbicidas, que são comumente utilizados em áreas degradadas. “Esse tipo de inovação é essencial para garantir a viabilidade do agronegócio brasileiro, que precisa cada vez mais conciliar produtividade com sustentabilidade em um cenário de mudanças climáticas severas​”, afirma o executivo da Katrium.

 

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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